Muito comum ouvir de uma mulher (bem) casada que o maridão “é ótimo” porque “ajuda na cozinha” e “é um pai super presente”. Considerando que a casa e os filhos são dos dois (não importa quem comprou ou carregou na barriga), ele não “ajuda” coisa nenhuma, apenas faz a parte dele! A não ser em casos em que há um acordo no qual a mulher cuida da casa e o homem sai para trabalhar, pilotar o fogão há tempos deixou de ser função feminina.
(Desta vez) não vou me indignar com os homens machistas. Vou questionar as mães que os criaram e as mulheres que os aceitam. Quem são vocês que perpetuam, com gosto!, a ideologia de que “esposa é profissão”?
Se os homens conseguem ser companheiros tão incríveis quanto são profissionais, as mulheres também são capazes de conciliar as duas coisas. E sem a necessidade de anular sonhos e talentos em nome de uma escolha que há décadas não precisa(ria) mais ser feita.
Não achei o sobrenome
Camile, esposa do ex-jogador Roger, escreveu uma tese em uma pós-graduação em Novo Hamburgo (RS), com o tema: “esposa de atleta profissional de futebol é profissão.” Formada em administração de empresas e agora pós-graduada em Psicologia do Esporte, ela gostaria de fazer parte da comissão do marido, que pretende ser técnico. Ou seja, aparentemente, Camile quer mudar de emprego.