Você sabe que ela teve outros amores antes de você, não sabe? Mesmo assim, sempre que o nome de algum ex entra na jogada, suas sobrancelhas insistem em denunciar o pânico: “mas… então ela amou outra pessoa?”
Sim. Não só amou, como acreditou que aquele maloqueiro feioso era, sem dúvidas, o homem da sua vida. Já olhou para ele como olha para você, já disse que o amaria para sempre, como diz para você, já sonhou ter filhos com ele, sofreu por ele, se entregou por inteira… Ah! Só a ideia é sofrimento demais para alguém que, ao conhecê-la, ingenuamente acreditou ser o homem que enfim conquistara o coração dessa mulher tão espetacular.
Assim, se ela diz que o fulano “é um fofo, meu amigo até hoje”, você logo imagina os dois um dia descobrindo que o término foi um erro, tendo três filhos e indo morar na praia (um dos vários sonhos dela que ele compartilha). E, se ao contrário, ela fala com rancor do “falecido”, o que você deduz? Que, se há mágoa, é porque ainda existe amor e já se coloca na posição do homem que jamais fomentará na bela o tipo de paixão louca que ela vivia com o outro.
Você olha para o horizonte e começa a entender: “é por isso que ela está comigo!” Porque o verdadeiro amor da vida dela não bancou tal sentimento. Menosprezou-a, por orgulho ou desdém, e, se não fosse você a preencher o vazio que deixa um caso de amor falido, seria algum outro igualmente encantado por seu jeitinho de falar devagarinho…
E é aí que o negócio pega. Trocá-lo por outro? Qualquer um está sujeito a isso. A mulher que amou apenas um homem em sua vida pode, um dia, se encantar pelo médico do pronto-socorro e… tchau namoradinho de infância. O que realmente perturba é o fato de você não ser especial. Não foi o primeiro, pode não ser o último… não é o grande amor de seu grande amor. É isso que machuca. O orgulho ferido de ouvir do ex dela (que muitas vezes não diz coisa alguma, mas você escuta mesmo assim) que foi ele quem fez o coração dela bater mais forte e é com o ex que ela estaria até hoje se assim ele o quisesse.
Sim, sim… pode ser que sua insegurança e orgulho de homem afetivamente mimado estejam supervalorizando a coisa. Pode ser que, com você, ela finalmente se sinta como gostaria de se sentir todos os dias de sua existência. Mesmo assim… o ex incomoda. E incomoda porque confirma a certeza que no fundo todos temos: de que aquela pessoa, que embora hoje nos ame, na verdade não é nossa. E nunca será.
O primeiro amor de Kleber
Um dos grandes ídolos do Palmeiras, o atacante Kleber Gladiador nasceu… corintiano. Na semana passada, a Gaviões da Fiel divulgou no Twitter uma foto da carteirinha do jogador quando ele se filiou à maior torcida organizada alvinegra, em 2001. “Meu pai é corintiano e torce bastante. Meus irmãos e eu pegamos influência e começamos a torcer pelo Corinthians, mas, depois que eu comecei a jogar pelo Palmeiras, as coisas mudaram. Sou muito feliz aqui”, disse o atacante sobre sua relação com o maior rival alviverde.
“Já estive ali (na torcida corintiana) torcendo, mas hoje estou aqui e amo o Palmeiras, todo mundo sabe”. Sim, Kleber, todo mundo sabe. Agora, inclusive os palmeirenses.