Homens, futebol e apelidos

Homens e seu gosto por apelidos. Onde eu trabalho tem o Boto, o Lobão… e, ouso dizer, muita gente não sabe o nome de nenhum deles. As meninas têm, no máximo, seu nome reduzido. Afinal, meus colegas podem ser “cabras machos”, mas não são loucos – e, como sabemos, transformar um defeitinho feminino em apelido, meu amigo, é sentença de morte.

Eu admiro essa habilidade masculina, confesso. Acho uma forma leve e divertida de lidar com o que poderia ser um trauma. Por que ficar irritado se você pode dar risada? E, assim, desde pequenos, os meninos aprendem a “levar na brincadeira” todas essas piadinhas bobas que os homens adoram. Imagine dizer para uma colega, no meio do jogo, “aê, gorda, passa a bola!” Sem chance. Isso resultaria em horas de conversa sobre por que eu disse aquilo, com as outras amigas, obrigadas a escolher um lado, me ligando para saber se “está tudo bem.” A vantagem é não ter que disfarçar quando um apelido de fato incomoda…

Dentinho, Ganso…

…Somália e, meu preferido: Mão de Alface. Fora os apelidos inspirados na cidade ou no estado onde o cara nasceu! Bom, o corintiano Dentinho é, na verdade, Bruno Ferreira Bonfim. Ganso, do Santos, como muita gente sabe, é Paulo Henrique Chagas de Lima. O Somália, do Botafogo, chama-se Paulo Rogério Reis Silva. E no RG do famigerado Mão de Alface, também do Santos, consta Felipe Garcia dos Prazeres. Meus colegas Boto e Lobão? São os queridos Gustavo e Murilo, respectivamente. Viu, coleguinhas?

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