Ai, veneno…

Tem que gente que adora jogar um veneno, né? Pode ser aquele tipo direto, que solta opiniões como “só estou sendo sincero, o cara é fraco!”, ou indireto, com maldades veladas sob elogios: “nossa, ela é mesmo linda. Nem sei como o ex a trocou pela amiga…” O segundo exemplo, particularmente, me incomoda mais. Porque, além de falar mal de outra pessoa, ainda supõe que você é uma idiota que vai cair nessa.

Tudo bem, sempre temos uma intenção por trás do nosso discurso. Mas, na maioria das vezes, é simplesmente expressar uma opinião ou interagir na conversa. Agora, em inúmeras outras ocasiões, a ideia é influenciar ou manipular o ouvinte de alguma forma. E isto também não precisa ser, necessariamente, negativo. Quando digo para uma amiga que “jogar futebol emagrece”, não estou preocupada com a boa forma da preguiçosa, mas tentando convencê-la a se unir à pelada de terça! Ou seja, quero manipulá-la. A pergunta é: até onde podemos ir nessa vontade de convencer, persuadir? Para sair do clichê do “bom senso”, voto em atentar para mentiras, ofensas e falas que possam prejudicar o outro (ou outros) de alguma maneira. Captou, Juvenal?

Pegou mal

Na última terça (19), o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio (ô, nominho, hein?), criticou Itaquera, bairro de SP onde será construído o estádio do Corinthians – e possível sede da abertura da Copa. “Para você chegar lá precisa chamar o Corpo de Bombeiros”, foi uma das alfinetadas. Os corintianos, claro, não gostaram. Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, claro, também não. Mas, principalmente, quem não gostou foram os moradores do bairro. Tem gente que mora lá, sabia? Apesar da disputa política, da rivalidade no futebol… tem gente que mora lá.

(ah, e uma curiosidade: o final da placa do carro de Juvenal é “2014”… será que ele estava – ou ainda está – contando com a abertura da Copa no Morumbi?)

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O Rio de Janeiro é lindo!

Fato

Ao ouvir de Jérome Valcke, dirigente da Fifa, que a cidade vai receber eventos importantes relacionados à Copa, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, soltou, olhando para as belas paisagens cariocas: “É chinelada na paulistada”.

Comentário

Ah, os cariocas! Tem gente que não suporta os sotaque chiado ou o jeito “malandro” dos nossos vizinhos. Eu acho um charme. Assim como fico fascinada pela beleza natural da “cidade maravilhosa”. Das praias às pessoas, o Rio de Janeiro parece ter uma aura de frescor e sossego quase inabalável que cativa turistas do mundo inteiro.
A segunda maior economia do país (a primeira é São Paulo) e segunda cidade mais populosa do Brasil (a primeira é São Paulo) dá show no quesito hospitalidade. E daí que o Rio não figura nem entre os 100 primeiros colocados no ranking das melhores cidades brasileiras (São Paulo é número 72) e que é a oitava no Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (São Paulo tem o menor índice do país)? O Rio de Janeiro é lindo! E seus morros e contornos (famosos por tantas razões) dão mesmo uma “chinelada” nos paulistas.

A Copa carioca
Após passeio pelas belas paisagens cariocas, o Presidente da CBF, Ricardo Texeira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, fecharam que o sorteio das Eliminatórias do Mundial, em julho do ano que vem, será realizado em Copacabana. No Rio também estará a sede provisória da Fifa em 2014, além do centro de imprensa. São Paulo deve ficar com a abertura.