‘Perfeito é Pelé, que não erra, que é imortal. Mas o Édson é uma pessoa normal, com um monte de defeitos’
Revistas femininas – e suas leitoras – adoram testes do tipo “saiba que imagem os outros têm de você.” Será que seus colegas e amigos te veem como alguém extrovertido e bom caráter? Ou como uma pessoa contida e misteriosa? Embora fazer o teste funcione mais como entretenimento do que propriamente material de pesquisa, imagino que todo mundo tenha essa curiosidade: que tipo de pessoa os outros acham que eu sou?
Não se trata de insegurança (pelo menos não como via de regra), mas de uma autoavaliação – que pode, ou não, resultar em uma concreta mudança de comportamento. Porque, por mais que tentemos nos armar de autoconfiança e ignorar o julgamento alheio, nosso referencial sempre foi e será… os outros. Assim, da mesma forma que entro em uma dieta porque a sociedade insiste que estou gorda, também decido que posso ser feliz assim – afinal, um monte de gente é feliz estando “acima do peso”. Qual das duas referências usarei? Isso cabe a mim escolher.
No final do dia, somos uma mistura da imagem e do real, do Pelé e do Edson, às vezes incríveis, às vezes comuns. Mas, sempre, se possível, autênticos, verdadeiros e amados.
Entende?
No último sábado (23), o maior jogador da história do futebol completou 70 anos. Muitos podem discordar de declarações e atitudes do mineiro Edson Arantes do Nascimento. Mas ninguém ousa negar a excelência e o carisma de Pelé, um gênio da bola que virou ídolo, um ídolo que virou mito.